Sobre hortas e hábitos 

Houve um tempo em que a alimentação da população era muito rica em vegetais e era comum ter horta e pomar em casa. Hoje em dia, com as facilidades da vida moderna, diminuição dos espaços para moradia e migração para os grandes centos urbanos, dentre outros fatores,  esse panorama mudou muito!

Fig. 1 – Dia de feira. Fonte: Rede Anísio Teixeira

As feiras livres ainda existem, mas é no supermercado que encontramos de tudo! E lá existe um ambiente com frutas e verduras frescas, mas a variedade e disponibilidade de alimentos congelados e industrializados é extremamente maior. Nem os bebês escapam dos terríveis “potinhos” que podem durar anos nas prateleiras até chegarem ao dia do consumo. Uma simples sopinha, um suco de frutas ou um molho de tomate deixaram de ser caseiros na maioria das mesas brasileiras e foram substituídos pelos alimentos processados.

Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em parceria com o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), demonstrou que a população brasileira está preferindo alimentos mais gordurosos na hora de se alimentar. Não é à toa que problemas de saúde que eram comuns em indivíduos mais velhos, como o colesterol alto e consequentemente problemas cardíacos (por conta de anos e anos de alimentação equivocada), são cada vez mais comuns em crianças e jovens. Afinal, os  fast food também tem seu espaço no pouco tempo que sobra para a uma alimentação consciente.

Ouvi o relato de uma professora do ensino fundamental de uma escolinha particular sobre um de seus alunos que acompanhou o crescimento de cenouras na pequena horta escolar. No dia da colheita, ele ficou abismada com a saída da cenoura do solo! “Eca, não podemos comer coisas que caem no chão! Essa cenoura saiu do chão!”  Uma outra professora levou seus alunos ao zoológico e um aluno disse que via uma galinha viva pela primeira vez! Ficou muito triste ao saber que comia animais tão fofinhos como aquele! Esse episódio fez a professora pensar em que seria importante discutir em sala de aula sobre a origem dos alimentos.

Em tempos de babá eletrônica, com as crianças brasileiras passando em media 5 horas na frente da TV, podemos imaginar o quanto elas são influenciadas pela programação e também pelos comerciais.

 

Fig.2 –Se plantando… Tudo dá certo! Fonte: Rede Anísio Teixeira

E a escola? A escola não pode tudo, mas certamente que pode muita coisa! Você sabe, por exemplo, quais as preferências alimentares de seus colegas e professores? Não seria um bom tema para pesquisar, aprofundar e discutir? Então, não fique só na leitura deste texto! Proponha esse tema para seus professores! E se você é professor, pense em incluir essa temática dentro do seu currículo! Não é preciso ser da área de Ciências para isso!

Ah, e a gente começou falando de horta! Nossa, como é importante uma horta escolar para diferentes formas de aprendizagem! E não é preciso de muita coisa para implantar uma horta da escola! Veja no vídeo abaixo umas dicas legais! E também pode ser na sua casa, no seu apartamento! Basta querer!

Para ficar mais atualizado sobre essa temática, recomendamos estes vídeos:

 

Fig. 3 –  O que vai ser pra comer?

Fig. 4- Meio Ambiente por Inteiro – Hortas Caseiras – http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudos-digitais/conteudo/exibir/id/4712

Fig. 5 -Meio Ambiente por Inteiro – Poder das frutas – http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudos-digitais/conteudo/exibir/id/4749

E se você colocar em prática qualquer atividade legal em sua escola, manda pra gente! Teremos prazer em publicar seu relato!

Até breve!

 

Guel Pinna

Professora da Rede Pública Estadual de Ensino da Bahia

 

Publicado por Guel Pinna

Mestre em Educação (UFBA) Licenciada em Ciências Biológicas (UFRPE)

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