I Encontro Baiano de Mídia Livre segue com programação até o dia 13

A palavra de ordem é liberdade. Liberdade para criar. Liberdade para interferir. Liberdade para comunicar. É com essa certeza que os participantes do I Encontro Baiano de Mídia Livre acompanham o evento, promovido pela rede de mídia livre Bahia 1798. O encontro, que se estenderá até 13 de agosto, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Biblioteca dos Barris), em Salvador, conta com uma programação que inclui atividades de formação, painéis, oficinas e trocas de experiência entre midialivristas.

Fig. 1: Pedro Caribé, coordenador geral do I Encontro Baiano de Mídia Livre, fala sobre os princípios do midialivrismo. Foto: Vitor Moreira
Fig. 1: Pedro Caribé, coordenador geral do I Encontro Baiano de Mídia Livre, fala sobre os princípios do midialivrismo. Foto: Vitor Moreira

Ontem, com o objetivo de estimular isso de forma efetiva, o evento já começou dando espaço para as pessoas falarem de suas iniciativas de mídia. A Roda de Apresentação, como foi denominado o momento, permitiu que coletivos de todos os lugares do estado, e de outras regiões do Brasil, expusessem os seus projetos, enfatizando os objetivos e planos de ação.

Em seguida, foi a vez do painel Revolta dos Búzios e Liberdade de Expressão tomar conta das discussões. Antonio Olavo (historiador e cineasta) e Samuel Vida (advogado e professor de direito da Universidade Federal da Bahia e da Universidade Católica do Salvador) foram os debatedores. A jornalista Alana Reis, da Revista Afirmativa e do Coletivo de Cinema Tela Preta, fez a mediação.

Antonio Olavo (esquerda), Samuel Vida (centro) e Alane Reis durante o painel Revolta dos Búzios e Liberdade de Expressão. Foto: Vitor Moreira
Fig. 2: Antonio Olavo (esquerda), Samuel Vida (centro) e Alane Reis durante o painel Revolta dos Búzios e Liberdade de Expressão. Foto: Vitor Moreira

Antonio Olavo deu um depoimento exclusivo para o Blog do Professor Web e da Professora Online e reforçou o que discutiu durante o encontro, ao falar sobre a importância da Revolta dos Búzios para a nossa história:

Já Samuel Vida destacou a importância do debate sobre a democratização dos meios de comunicação:

Educação

Profissionais da educação e toda a comunidade escolar devem, mais do que nunca, se apropriar dos recursos da tecnologia da informação e da comunicação, a fim de interferir criticamente nos processos de discussão sobre a grande mídia e produzir seus próprios conteúdos.

Para o jornalista e pesquisador Pedro Caribé, coordenador geral do I Encontro Baiano de Mídia Livre, essa apropriação contirbui para um novo modelo de educação:

 A Rede Anísio Teixeira endossa o discurso de Pedro e oferece, com frequência, oficinas de produção de mídias. Até amanhã (12/8), por exemplo, estão abertas as inscrições para mais uma turma. Se você tem vontade de participar, não perca tempo! Leia com atenção a Chamada Pública e venha compartilhar o seu mundo com a gente. Quem sabe você não vira um (a) midialivrista?

Raulino Júnior

Professor da Rede Pública Estadual de Ensino da Bahia

Publicado por Raulino Júnior

Sou compositor, professor de Linguagens, jornalista, produtor cultural, ávido leitor e atleta. Gosto de gente, adoro cantar e dançar! Sou um cara muito bacana, detesto pessoas-discurso, medíocres, falsas e mal-educadas. Eu levo a vida de uma forma lúdica, porque acho que os problemas se potencializam quando damos muita importância a eles. Tenho vários defeitos: sou centralizador, ensimesmado, pouco tolerante com algumas pessoas e com certas situações, desconfiado, muito disciplinado e perfeccionista; o que me torna chato algumas vezes. Modestamente: acho que os chatos vão salvar o mundo. A música "Bola de meia, bola de gude", de Milton Nascimento e Fernando Brant, diz muito sobre mim. Principalmente, nestes versos: "Há um menino/Há um moleque/Morando sempre no meu coração/Toda vez que o adulto balança/Ele vem pra me dar a mão/[...]/E me fala de coisas bonitas/Que eu acredito/Que não deixarão de existir/Amizade, palavra, respeito, caráter, bondade, alegria e amor/Pois não posso, não devo, não quero viver/Como toda essa gente insiste em viver/E não posso aceitar sossegado/Qualquer sacanagem/Ser coisa normal". Sou contra conchavos e malandragens! Não faço média nem puxo o saco!

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